O horário de verão começa em 18 de outubro, e pelo quarto ano seguido, a Bahia não vai aderir ao horário, criado no país pra reduzir o consumo de energia elétrica. A decisão gerou polêmica. Em 2011, última vez que o estado aderiu ao horário de verão, a Bahia economizou 11 megawatts de energia, o que equivale a 0,5% do consumo geral do estado. Essa quantidade de energia que foi economizada, por exemplo, corresponde ao que a cidade de Paulo Afonso consumiu no último mês de setembro, segundo a Coelba. Apesar do reservatório da hidrelétrica de Pedra do Cavalo, localizada a 120 quilômetros de Salvador, estar com 72% da capacidade, a situação é crítica na outra hidrelétrica do estado, a de Sobradinho. O reservatório, que recebe água do Rio São Francisco, está com apenas 8,3% da capacidade.
Para Gerson Sampaio, engenheiro especialista em energia, a Bahia deveria entrar no horário de verão. “Qualquer economia é vantagem. Alguns números podem indicar erroneamente que não, mas é. E é uma vantagem suplementar muito importante, porque nós estamos em um período de seca, e precisamos recuperar nosso reservatórios. Com esta economia, recuperaríamos parcela importante dos nossos reservatórios”, afirma. O presidente do Fórum Empresarial da Bahia, entidade que representa comércio, indústria, agricultura e serviços, também defende a alteração no horário. “Nosso escritórios não coincidem com os do centro-sul, que é onde está 90% dos nossos compradores e das empresas de onde adquirimos matérias primas, além das matrizes de várias empresas situadas aqui”, diz Victor Ventin. O governo do estado disse que a Bahia não vai entrar no horário de verão porque uma pesquisa apontou que 72% por cento da população é contra a adoção do horário no estado.