A fibromialgia é uma doença que provoca dor crônica nos músculos e ligamentos. Embora esta condição afecte cerca de 4 milhões de americanos, a grande maioria são mulheres entre os 30 e os 60 anos de idade. Além da dor e rigidez muscular, esta doença também pode causar fadiga, distúrbios do sono, depressão e incapacidade de pensar claramente.
Causas da fibromialgia
Embora não haja causa conhecida para a fibromialgia, uma pesquisa recente revelou alguns novos factos sobre a doença. Uma das novas descobertas é que as pessoas com fibromialfia processam a dor de forma diferente. O nível de substâncias químicas no líquido cefalorraquidiano (LCR), chamada substância P, que transmite impulsos de dor ao cérebro, é três vezes maior em pessoas com a doença do que aqueles que não sofrem desta condição. É provavelmente isto que leva quem sofre de fibromialgia a experienciar a dor de uma forma mais intensa. Outros investigadores acreditam que a fibromialgia é causada por uma falta de sono profundo. É durante o sono do estágio 4 que a musculatura se recupera da actividade do dia anterior e o corpo se refresca. Estudos do sono demonstram que, conforme entram no estágio 4 do sono, as pessoas com fibromialgia ficam mais excitadas e permanecem numa forma mais leve de sono. Mesmo que eles possam dormir por um longo período de tempo, apenas obtém sono de má qualidade. Além disso, quando os investigadores pegaram em voluntários normais e não lhes permitiram entrar no estágio 4 do sono, eles desenvolveram sintomas semelhantes aos da fibromialgia.
Sintomas da fibromialgia
A fibromialgia pode ter muitos sintomas e estes tendem a variar de pessoa para pessoa. Os sintomas também podem ir e vir com o tempo, embora seja pouco provável que desapareçam todos.
Os sintomas podem piorar ou melhorar, dependendo de factores como:
Os principais sintomas da fibromialgia são descritos abaixo.
Quem sofre de fibromialgia tem como um dos principais sintomas a dor generalizada. Pode ser sentida por todo o corpo, mas pode ser pior em áreas específicas, como as costas ou o pescoço. A dor tende a ser contínua, embora possa ser mais fraca ou mais forte em momentos diferentes.
A dor pode sentir-se como:
A fibromialgia pode fazer os doentes tornarem-se extremamente sensíveis à dor em todo o corpo, sendo que, por vezes, mesmo o mais leve toque é doloroso. Se o doente se magoar, por exemplo, se arranhar o dedo do pé, sentirá que a dor vai persistir por muito mais tempo do que normalmente.
Esta sensibilidade também pode ser descrita como:
Quem tem fibromialgia, pode ser muito sensível a outras coisas também, como a fumo, certos alimentos e luzes brilhantes. Estar exposto a algo a que é sensível a pode levar a que outros sintomas da fibromialgia expludam.
A doença pode fazer os doentes sentirem-se rígidos. A rigidez pode ser mais grave quando se fica na mesma posição por um longo período de tempo, como quando se acorda de manhã. Também pode causar espasmo dos músculos, o que pode afectar o sono.
A fadiga (cansaço extremo), como resultado da fibromialgia pode variar de leve sensação de cansaço ao esgotamento muitas vezes experimentado durante uma gripe. Às vezes, a fadiga severa pode surgir subitamente e pode tirar toda a energia. Se isso acontecer, o doente poder-se-á sentir cansado demais para fazer qualquer coisa.
Má qualidade no sono
A fibromialgia pode afectar o sono. Poderá acordar muitas vezes cansado, mesmo quando dormiu bastante. Isto ocorre porque, por vezes, a fibromialgia pode não o deixar dormir profundamente e o suficiente para o refrescar correctamente. Esta má qualidade de sono é também descrita como “sono não-reparador”.
Os problemas cognitivos envolvem problemas com processos mentais, tais como pensar e aprender. Se sfbre de fibromialgia, poderá ainda ter:
Dores de cabeça
Se tiver dor e rigidez no pescoço e nos ombros derivadas da fibromialgia, também é possível que tenha dores de cabeça frequentes. Estas podem variar entre leves dores de cabeça e enxaquecas graves, que podem envolver também outros sintomas, como náuseas (enjoos).
Por: Dra Luciana Muniz – Reumatologista e Doutorado pela USP Clínica Ígnea em Brasília-DF.