O reajuste na tarifa dos ônibus urbanos de Salvador, que entrou em vigor nesta segunda-feira (2), foi explicado em entrevista coletiva realizada nesta manhã pelo secretário de Mobilidade, Fábio Mota (Semob). O gestor justificou que o acréscimo no preço – que agora custa R$ 3,60 – leva em consideração estudos realizados pela Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal). Baseado em contrato assinado à época da concessão do serviço, o reajuste considera os gastos das empresas com insumos, manutenção e a inflação do período. O secretário disse que Salvador ainda possui a menor tarifa entre as grandes metrópoles do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, em que o valor é de R$ 3,80. Já em Belo Horizonte, a tarifa custará R$ 4,05. Segundo ele, o estudo da Arsal verificou que havia um desequilíbrio entre o serviço oferecido e o valor da tarifa e isso precisou ser corrigido. “Mesmo com o reajuste, a tarifa de Salvador ainda consegue ser mais barata se comparada às grandes capitais, mesmo a Prefeitura não subsidiando o sistema, como acontece no Rio e em São Paulo. Em São Paulo, por exemplo, o município injeta R$ 2,5 bilhões para manter os valores e ainda aumenta a segunda parte da integração, coisa que aqui não ocorre. O mesmo ocorre no Rio, com subsídio de cerca de R$1 bilhão do poder público. Em Salvador, a Prefeitura optou por não subsidiar para sobrar mais recursos para áreas essenciais como educação e saúde”, frisou.