A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o Cosentyx (secuquinumabe), produzido pela Novartis, para o tratamento da psoríase. Já disponível nos Estados Unidos e na Europa, ele é o primeiro medicamento biológico de origem humana a ser aprovado no Brasil contra a enfermidade. “O fato de ele ser feito a partir de células da nossa própria espécie diminui o risco de reações indesejadas”, explica a imunologistaPaula Machado, gerente da farmacêutica. Nos testes, que envolveram mais de 3700 voluntários, a droga reduziu praticamente a zero as lesões na pele em 80% dos casos. “Ela inibe ainterleucina 17, uma proteína que está por trás do ataque autoimune”, detalha a especialista. Nos experimentos, o fármaco administrado por meio de uma injeção subcutânea mensal manteve a sua efetividade após 3 anos seguidos de uso. Ele é indicado para pacientes com psoríase em placas moderada a grave, em pacientes adultos candidatos à terapia sistêmica ou fototerapia. 8 em cada 10 pacientes com psoríase apresentaram 90% ou mais de melhora após 16 semanas de tratamento, o que significa ter a pele sem lesão ou quase sem lesão, metas do tratamento da doença.