Uma mãe atirou o bebê do quinto andar de um prédio logo após o parto, na tarde deste domingo (09), em Goiânia (GO). O corpo da criança foi encontrado pela polícia na marquise do edifício. De acordo com a Record TV, a estudante Bruna Caroline Barbosa, de 23 anos, não sabia que estava grávida e se surpreendeu com o parto inesperado na noite de sábado. Sem saber o que fazer, ela atirou a criança, uma menina, pela janela. “Estava grávida e não estava nem sabendo. Foi quando eu tive a surpresa que o bebê desceu dentro de mim. Minha reação foi espontânea: pegar o bebê e jogar”, contou a jovem a um canal de TV local. Ainda segundo o relato da própria estudante ela apenas “passou o olho” nele e nem identificou o sexo do bebê. “Fiquei muito assustada. Minha reação foi espontânea. O que vou fazer? Minha vida acabou. Só pensei nisso: jogar a criança”, disse. Segundo o delegado do Departamento Estadual de Investigação Criminal (DEIC) de Goiânia, Carlos Caetano Júnior, responsável pelas investigações do caso, a polícia foi acionada por volta das 13h de domingo, depois que um vizinho percebeu um movimento incomum de urubus. Ao descer na marquise interna do prédio, ele encontrou o corpo do bebê. Ao chegarem no local, os policiais perceberam que gotas de sangue na janela de um apartamento no quinto andar. Foi quando abordaram a família que mora no apartamento, e a jovem confessou o crime. “A princípio o casal negou, mas a filha deles acabou admitindo. Ela contou que teve o neném sem saber da gravidez e ficou assustada. Estava sozinha, ficou com medo do pai e da mãe, tem 23 anos, é solteira, e acabou jogando o bebê pela janela”, contou o delegado, ao UOL. De acordo com Caetano Junior, o que mais chocou os investigadores foi a frieza da jovem. “Ela não estava chorando, não estava desesperada. Se ela saísse na janela, ela via o bebê lá embaixo.” Bruna Caroline passou a noite detida em uma carceragem na periferia de Goiânia. Nesta segunda-feira, a jovem passaria por audiência de custódia, que vai determinar se ela continuará presa. Enquanto isso, a polícia aguarda o IML para saber se o bebê, de cerca de 44 centímetros, nasceu morto. Caso contrário, ela poderá ser indiciada por homicídio.