Acabo de bloquear uma pessoa de quem gosto muito, uma amiga atuante na defesa animal.
Fiquei triste, mas a questão é que não aguento mais gente que entra aqui na minha página com este papo calhorda de “mídia golpista”.
Ora, pombas, eu sou jornalista! E se ser contra este governo de ladrões incompetentes é ser mídia golpista, então eu sou mídia golpista sim, e com muito orgulho.
Enchi desse papo, como enchi dos luminares governistas que acham que tudo o que acontece de errado no país é culpa da mídia, como se denunciar os crimes do governo fosse mais grave do que cometê-los.
Eu até aceitaria discutir o papel da imprensa com eles se notasse um mínimo de honestidade intelectual da sua parte, se a cada dez esculhambadas que dão na mídia, dessem uma ou duas no governo. Ou se, pelo menos, se manifestassem com igual veemência contra os blogs chapa branca, bancados com o nosso dinheiro.
Mas não.
A sua indignação é totalmente seletiva.
Tudo, tudo, tudo entra na conta da grande imprensa.
O mais engraçado é que muitas dessas pessoas, que não hesitam em detonar os jornais e as revistas, não têm o menor pudor na hora de ligar para mim e para os meus colegas pedindo notinhas e divulgação para isso ou aquilo.
Mais coerência, gente, por favor.
Então, fica o aviso: vocês podem escrever o que quiserem nas páginas de vocês. Democracia é lindo e eu dou a maior força, evidentemente, mas na minha página mando eu.
Escreveu “mídia golpista” aqui, dançou.
Eu ainda sou do tempo em que imprensa era oposição; o resto, como dizia o Millôr, é armazém de secos e molhados.
Block é vida, block é saúde.