A reprovação ao governo do presidente Michel Temer saltou de 70%, em abril deste ano, para 82%, batendo o seu próprio recorde e se reafirmando como o presidente mais impopular da história desde a redemocratização do Brasil. Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (10). A paralisação dos caminhoneiros, massivamente apoiada pela população, e a lenta retomada da economia serviram para aumentar ainda mais a impopularidade do emedebista. O levantamento foi realizado nos dias 6 e 7 de junho, com 2.824 pessoas, em 174 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Quando assumiu o comando do país, em agosto de 2016, Temer era rejeitado por 31% dos brasileiros. O percentual subiu nos meses seguintes, após redução dos gastos públicos, incluindo investimentos em saúde e educação, e envolvimento de seus aliados em escândalos de corrupção. Depois de divulgada a delação de Joesley e Wesley Batista, da JBS, em 2017, a impopularidade do presidente atingiu 69%, e subiu ainda mais quando ele foi denunciado por corrupção. A reprovação de Temer estava estável, quando, em setembro do ano passado, atingiu 73% de rejeição.