A defesa de Jair Bolsonaro (PSL) pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que as contas da campanha do presidente eleito sejam aprovadas sem ressalvas. A área técnica do tribunal e o Ministério Público Eleitoral sugeriram a aprovação com ressalvas. A defesa de Bolsonaro informou que vai ressarcir R$ 8.275 aos cofres públicos, equivalente ao valor de doações não identificadas ou irregulares. “A fim de regularizar as contas, será providenciado o recolhimento da diferença não identificada ao erário público”, escreveu Karina Kufa, advogada do presidente eleito. Do total, R$ 5.200 foram oriundos de pessoas sem autorização para fazer doações a políticos, como permissionários de serviços públicos. Outros R$ 3.075 apresentaram divergências na identificação dos doadores.
A advogada destaca que Bolsonaro recebeu durante a campanha 24.896 doações no total financeiro de R$ 3,99 milhões. Relator das contas da campanha no TSE, o ministro Luís Roberto Barroso vai analisar as informações, elaborar um relatório e levar o caso para ser analisado no plenário do tribunal, composto por sete magistrados, na semana que vem. A diplomação de Bolsonaro está marcada para o dia 10 de dezembro. Reportagens da Folha de S.Paulo mostraram, antes mesmo do resultado da eleição, que a campanha de Bolsonaro havia omitido uma série de informações na prestação de contas parcial que todos os candidatos têm que apresentar na primeira quinzena de setembro. Entre outros pontos, viagem do vice, general Hamilton Mourão (PRTB), em aeronave particular durante a campanha. Após a publicação da reportagem, a advogada de Bolsonaro apresentou o gasto ao TSE.