Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (22) suspeitos de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). A operação visa combater uma das milícias mais antigas do Rio do Janeiro, que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras, na zona Oeste da capital fluminense. Segundo o jornal O Globo, no entanto, há indícios de que dois dos presos comandem o Escritório do Crime, um dos braços da organização criminosa, especializado em assassinatos por encomenda. Para a ação, que mobiliza cerca de 140 policiais, a Justiça expediu 13 mandados de prisão preventiva contra a organização criminosa. Os principais alvos da operação são o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras; e o subtenente reformado da PM Maurício Silvada Costa, o Maurição. Os outros presos na operação são Benedito Aurélio Ferreira Carvalho e Laerte Silva de Lima. Benedito é apontado como “laranja” da organização criminosa. Ele empresta o nome para a abertura de uma empresa de construção civil na Junta Comercial do Rio. Já Laerte é o braço armado da quadrilha. É um dos responsáveis pelo recolhimento e repasse das taxas cobradas aos moradores e comerciantes, além da parte de agiotagem.