Pela primeira vez, a Mancha Verde é a grande campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo de 2019. A escola apresentou, no Sambódromo do Anhembi, o enredo Oxalá, Salve a Princesa! A Saga de uma Guerreira Negra, que retratou a beleza e a riqueza da África, mostrando o tráfico negreiro, que trouxe milhões de pessoas escravizadas para o Brasil. A princesa homenageada foi Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, herói da resistência negra brasileira.
Jorge Freitas, carnavalesco da escola, disse que o resultado positivo chegou após muita dedicação em equipe. “A gente trabalhou muito, ficamos tentando por muito tempo. Sempre batemos na trave, a gente nunca cansou. Passamos por cima de tudo. A gente se uniu, corrigiu nossos erros. Dinheiro não ganha carnaval, o que ganha e trabalho”, afirmou.
“Foi muito trabalho, muita união. O dinheiro sempre ajuda, mas o ser humano tem que ser valorizado, foi um conjunto. Estamos muito felizes, vamos comemorar a noite inteira”, disse Marcos Gonçalves da Silva, diretor de harmonia. Integrantes da escola Dragões da Real, que conquistou o segundo lugar, também comemoraram muito e se mostraram satisfeitos com o resultado.
“O diferencial da Dragões é que somos uma escola leve, feliz. Que desfila para fazer o espetáculo para todo mundo, sem nenhum compromisso de vitória. Uma hora ela vai chegar”, disse o presidente da escola, Renato Remondini. Quatorze escolas de samba desfilaram pelo grupo especial de São Paulo na última sexta-feira (1º) e no último sábado (02). Foram rebaixadas, neste ano, as escolas Tucuruvi e Vai-Vai, que disputarão no Grupo de Acesso em 2020.
Neste ano, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo implementou algumas mudanças. Uma delas foi a pontuação. Em vez de usar notas em décimos de 8.0 a 10, os jurados trabalharam com os décimos entre 9.0 e 10, o que deixou a disputa entre as escolas ainda mais acirrada. A campeã e as outras quatro escolas mais bem colocadas vão participar do desfile das campeãs na sexta-feira (8).