A Polícia Federal de São Paulo investiga na manhã desta segunda-feira (15) uma organização criminosa voltada para a prática de fraudes no recebimento do seguro-desemprego na 2ª fase da operação Mendacium. A operação foi batizada de Mendacium pois significa falsidade em latim. São cumpridos 21 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Mauá, São Paulo, Porangatu (GO) e Ibicuí (Bahia).
Em setembro do ano passado, na 1ª fase da operação, foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão em São Paulo e Taboão da Serra. Na ocasião, duas pessoas foram presas em flagrante num escritório de contabilidade no bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo, por estarem com 1,6 mil documentos falsos ou em branco, como espelhos de RG e carteiras de trabalho. A ação contou com o apoio do Ministério do Trabalho e da Caixa Econômica Federal.
A investigação começou em outubro de 2017, na delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente, quando um trabalhador desempregado procurou a PF para relatar que não havia conseguido retirar seu seguro-desemprego porque alguém já havia recebido o benefício. Ao longo das investigações, foi constatado que o grupo agia principalmente na cidade de São Paulo.
Até a primeira fase da operação, cerca de 300 empresas fictícias criadas pelos investigados foram identificadas para possibilitar o recebimento de mais de 9 mil benefícios de seguro-desemprego fraudulentos. Até setembro do ano passado, a estimativa era de que mais de R$ 9 milhões tinham sido sacados.