Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse, em entrevista à BBC News Brasil, não se arrepender da viagem à Europa no segundo turno da eleição presidencial, quando o PT e parte do eleitorado esperavam seu apoio a Fernando Haddad contra Jair Bolsonaro.
O pedetista reafirmou que a candidatura do ex-prefeito de São Paulo foi uma “fraude” e estava perdida “de véspera”.
“O Haddad é uma fraude cuja origem eu denunciei ancestralmente, porque foi transformado num vice, convidou a Manuela para ser um terceiro não sei de quê de uma candidatura do Lula. Toda burocracia do PT sabia, como todas as pedras no caminho sabiam, menos o nosso povo mais simples, que o Lula não podia ser candidato por uma lei que ele próprio colocou em vigor, a lei da ficha limpa”, declarou.
Ciro repetiu ainda que os números apontavam sua vantagem sobre Bolsonaro em um eventual segundo turno.
“Optei por sair. Eu sou livre. O que eu estou devendo para essa gente? Nada. Me esfolei de trabalhar, lutei, cansei de dizer para todo mundo o que as pesquisas diziam: eu, Ciro Gomes, ganharia as eleições do Bolsonaro no segundo turno”, disse.