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Com radares desligados, acidentes graves crescem em estradas federais

23 setembro 2019 | 0:57


Em meio a ‘apagão’ na fiscalização de velocidade, rodovias têm alta de acidentes com vítimas nos sete primeiros meses do ano pela primeira vez desde 2011. Foto: Divulgação

Enquanto as estradas federais tiveram um “apagão” de radares, os acidentes graves — que registram mortos ou feridos — subiram nos sete primeiros meses do ano pela primeira vez desde 2011, quando o Brasil se comprometeu a adotar metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para tornar o trânsito seguro.

Promessa do presidente Jair Bolsonaro, o desligamento dos equipamentos de de fiscalização de velocidade, sob a justificativa de que há uma “indústria da multa” no país, foi cumprido à risca nas rodovias federais administradas diretamente pelo governo. Dados obtidos pelo jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, revelam que quase todos os equipamentos fixos em operação em janeiro nas vias foram desativados desde março.

Segundo O Globo, além de suspender, em agosto, o uso de 299 radares portáteis pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o governo não renovou ou substituiu contratos que garantiam o funcionamento de 2.811 equipamentos fixos nas vias. No último dia 2, as BRs sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que representam mais de 90% da malha rodoviária federal, contavam com apenas 439 equipamentos permanentes de fiscalização.