O Banco Central ampliou o universo de pessoas consideradas politicamente expostas para serem monitoradas em medidas de prevenção a lavagem de dinheiro. A partir do dia 1º de julho, os vereadores, deputados estaduais, parentes de segundo grau e pessoas com alguma ligação com esses grupos passam a ser acompanhadas pelo BC.
De acordo com o chefe de departamento de regulação do sistema financeiro do BC, João André Pereira, o texto traz um novo detalhamento de quem são e como se qualificam pessoas politicamente expostas. Além disso, é preciso também monitorar todas as pessoas próximas a essas pessoas como representantes familiares e parentes de segundo grau.
A portaria com as novas regras foi publicada nesta quinta-feira (23).
As pessoas politicamente expostas deverão declarar essa condição e serão monitoradas pelas instituições financeiras e também pelo BC. Até então, o monitoramento é feito apenas em presidentes, governadores, deputados federais, senadores e ministros do Supremo.
Segundo o BC, a revisão das regras irá aprimorar a identificação, qualificação e classificação do cliente das instituições financeiras. Também será verificado e validado as informações, tendo como base o perfil de risco e do negócio do cliente. O BC também prevê uma comunicação mais eficaz com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com a atualização das regras.