Todos os anos, são registrados mais de 1,5 milhão de novos casos de câncer de pulmão em todo o mundo. “O tabagismo reponde por 85% das causas da doença e, nos estágios iniciais, há grande possibilidade de cura”, esclarece Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O médico oncologista explica que, entre os sintomas da doença, estão a tosse persistente, escarro com sangue e dor no peito. Os pacientes podem apresentar ainda rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite, além de pneumonia recorrente ou bronquite. “A visita periódica ao médico é uma das maneiras de diagnosticar precocemente a doença, aumentando as chances de tratamento com resultados positivos”, explica o professor da Unifesp.
O tratamento desse tumor depende do tipo histológico e do estágio da doença. “O paciente pode ser tratado com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, dependendo do diagnóstico. Podemos ainda combinar modalidade de tratamento”, afirma o médico.
Segundo o especialista, nos casos da doença localizada e sem linfonodo, o tratamento pode ser cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia. Nos diagnósticos da doença localizada no pulmão e nos linfonodos, o tratamento é feito com radioterapia e quimioterapia ao mesmo tempo. “Nos diagnósticos com metástases, o tratamento pode ser com quimioterapia ou até mesmo com medicação baseada em terapia-alvo. A equipe médica é que melhor pode definir o tratamento de acordo com cada caso”, aponta o médico oncologista.