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Militares temem que Bolsonaro fomente radicalismos e envolva Forças Armadas

27 março 2020 | 8:01

Oficiais-generais ligaram o alerta depois que Bolsonaro o presidente falou de anormalidade democrática em decorrência da crise da pandemia. Foto: Marcos Corrêa/PR

Com o isolamento do presidente Jair Bolsonaro, após ir contra todas as recomendações mundias de combate ao novo coronavírus (Covid-19), a cúpula militar brasileira acompanha com preocupação a possibilidade de que o presidente fomente radicalismos que acabem por envolver as Forças Armadas.

Oficiais-generais ligaram o alerta depois que Bolsonaro, na quarta-feira (25), falou de anormalidade democrática em decorrência da crise ao defender sua posição de que quarentenas devem ser evitadas.

“Caso contrário, o que aconteceu no Chile vai ser fichinha perto do que pode acontecer no Brasil. Se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês [imprensa] tanto defendem”, declarou, em frente ao Palácio da Alvorada.

Não é a primeira vez que o presidente saca o espantalho chileno, os protestos que sacodem o país andino desde o ano passado. Em outubro, pressionado no episódio em que postou vídeo chamando o Supremo de hiena, disse que convocaria as Forças Armadas caso houvesse distúrbios semelhantes aos do Chile, e que a esquerda latina tramava isso.

Há um instrumento legal para isso, o artigo 142 da Constituição, segundo o qual qualquer um dos Poderes pode convocar os fardados para garantir a ordem pública em caso de crise extrema.

A troika de generais (o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o secretário de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto) tem buscado sem sucesso moderar o chefe, mas também isso não significa que ela esteja tramando contra ele.

O vice, general Hamilton Mourão, fez seu usual morde-e-assopra, ao dizer que o caudaloso discurso de Bolsonaro em rede nacional foi apenas mal expressado. Mas também defendeu o isolamento social, negado pelo chefe. Isolado pelos filhos de Bolsonaro, Mourão também nunca foi uma unanimidade entre seus pares, mas tem sido lembrado cada vez pelo nome com que vinha sendo chamado por diversos militares: a alternativa constitucional.

Na eventualidade de o presidente renunciar ou sofrer um hoje improvável impeachment, avaliam oficiais da ativa, a ala militar iria enfrentar outro problema: seria acusada de ter fomentado um golpe palaciano caso Bolsonaro leve o conflito ao paroxismo. As informações são da Folha de S.Paulo.

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