Apontada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), como “o grande dilema” em meio à pandemia do novo coronavírus, a falta de respiradores ou o número insuficiente desses equipamentos são a realidade encontrada na maior parte dos municípios baianos. Somente 15% das cidades da Bahia possuem mais de dois respiradores, e 55% delas não possuem nem mesmo um equipamento.
Os dispositivos de respiração mecânica têm se tornado cada vez mais valorizados e procurados por países em todo o mundo desde o início da pandemia do novo coronavírus. A corrida pelos equipamentos, assim como outros insumos médicos, inclui retenção de cargas, elevação dos preços, mudanças na política de compra e adoção de estratégias para driblar os “concorrentes”. Isso porque os equipamentos são considerados essenciais no tratamento de casos graves da Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus e que ataca os pulmões e provoca insuficiência respiratória.
Na Bahia, dos 417 municípios, 189 têm algum respirador. Entre essas cidades com o dispositivo, 47% têm apenas um equipamento e 35 municípios têm dois respiradores.
Mas a situação na Bahia já foi mais grave. Em fevereiro deste ano, quando foi registrado o primeiro caso de coronavírus no Brasil, o estado tinha um total de 3.194 respiradores. Desde então o número vem crescendo. Em março chegou a 3.262 e depois aos atuais 3.405. Os dados constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes-Datasus). O número considera equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e aqueles Não-SUS.
Se os baianos tivessem que disputar um respirador, a briga seria no mínimo desleal. Isso porque a proporção entre o número de habitantes no estado e a quantidade de equipamentos é de 1 para cada 4,5 mil