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Gota d’água para demissão de Moro foi pedido para blindar Carlos Bolsonaro

24 abril 2020 | 22:08

Moro anunciou sua saída do Ministério da Justiça nesta sexta (24) e disse que Bolsonaro tentava interferir na PF por motivações políticas. Foto: Divulgação

A gota d’água que fez “transbordar o copo” do ex-ministro Sergio Moro teria sido um pedido de Jair Bolsonaro para segurar uma investigação que envolveria o vereador Carlos Bolsonaro. O presidente teria pedido que Moro e a Polícia Federal desse um jeito de paralisar o inquérito sobre ataques virtuais a autoridades e propagação de fake news.

Na manhã desta sexta-feira (24), Moro anunciou sua saída do Ministério da Justiça. Em pronunciamento, disse que o presidente tentava interferir no comando da Polícia Federal por motivações políticas.

De acordo com a Veja, recentemente chegou a Bolsonaro a informação de que um inquérito tocado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, encontrou indícios do envolvimento de Carlos. Seria ele, o “filho Zero Dois”, o criador do “Gabinete do Ódio”, grupo que promove campanhas virtuais contra adversários do presidente. Os investigadores teriam descoberto também elementos que as iniciativas são financiadas por empresários ligados a Bolsonaro.

Diante disso, o presidente tentava receber informações do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, e pressionava o ex-ministro a interferir no caso. Moro disse ainda que Bolsonaro queri, então, colocar uma pessoa de confiança na PF, para ter acesso a informações e relatórios da inteligência sobre investigações em andamento. Valeixo foi exonerado também nesta sexta.

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