O ex-ministro Sergio Moro pretende mostrar neste sábado (2) à Polícia Federal o histórico de mensagens do WhatsApp com desavenças com o presidente Jair Bolsonaro. Entre os motivos de discordâncias, estão temas como combate à corrupção e o comando da corporação, que culminou no pedido de demissão do ex-juiz federal do Ministério da Justiça.
Segundo a revista Época, Moro começou a organizar, voluntariamente, um arquivo com áudios, conversas, links e imagens trocadas com Bolsonaro. Moro tem seu histórico gravado desde antes do ataque hacker que sofreu no ano passado.
Moro será ouvido no fim da manhã deste sábado (2) por delegados do Serviço de Inquéritos Especiais, responsáveis por investigar pessoas com foro privilegiado, caso do presidente da República. A revista aponta que isso deve acontecer na Superintendência da PF em Curitiba. Três procuradores designados pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, tambem devem acompanhar as diligências do caso.
O depoimento do ex-ministro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, a pedido de parlamentares, depois que Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.