O procurador-geral da República, Augusto Aras, quer ouvir o presidente Jair Bolsonaro sobre a troca em sua equipe de segurança pessoal, feita cerca de um mês antes da reunião do dia 22 de abril. O encontro com ministros é uma das provas no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga interferências políticas do presidente da República na Polícia Federal.
De acordo com o blog de Andréia Sadi, no G1, o PGR deve ouvir Bolsonaro no final do inquérito. Uma das perguntas diz respeito às trocas, que, segundo reportagem do Jornal Nacional, foi feita sem dificuldades. Além disso, é o Gabinete de Segurança Institucional que cuida da segurança do presidente, e não a Polícia Federal.
Aras prepara novas diligências para as próximas semanas, e deve decidir também se pede novo depoimento do ex-ministro Sergio Moro. As revelações do ex-chefe do Ministério da Justiça deram início à investigação.
Ainda segundo a publicação, Aras também se diz preocupado com a investigação no Supremo. Em sua avaliação, o inquérito deveria durar 60 dias, mas é possível que não acabe antes de 2022.
Isso porque, nos últimos dias, o empresário Paulo Marinho revelou à Folha que Flávio Bolsonaro foi avisado por um delegado da Polícia Federal sobre a operação Furna de Onça, em 2018. A PGR pediu que a PF colha depoimento de Marinho no âmbito do inquérito do Supremo.