A prisão de Fabrício Queiroz, na última quinta-feira (18), fez a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acelerar o pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. O assunto já estava em análise na comissão de estudos constitucionais, mas se tornou prioridade após as revelações de que Queiroz seria operador financeiro do esquema de “rachadinhas” do gabinete de Flávio Bolsonaro.
As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. Diretores da OAB veem como “fundo do poço” o envolvimento de pessoas acusadas de terem conexão com milícias. Isso porque as investigações apontam ainda para Queiroz como receptor de R$ 400 mil de Adriano da Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime e morto em fevereiro no interior da Bahia.
Segundo a OAB, existem fatos concretos que podem embasar um pedido de afastamento de Jair Bolsonaro. As 27 seccionais serão consultadas, e cabeá ao plenário do conselho federal, formado por 81 integrantes, deliberarem sobre o assunto. A previsão é que isso aconteça em agosto, numa reunião presencial, caso já esteja controlada a pandemia da Covid-19.