ADEUS
Antônio Ferreira
Adeus… Adeus… Que eu parto agora
Do agro destino, palmilhando a trilha!
A noite imensa não promete aurora
A estrela d´alva lá no céu não brilha
Até o vento a gemer lã fora,
Em cada nota a minha dor pontilha,
Dor da saudade, que nest´alma mora,
Com a solidão que da noite é filha!
A primavera também se demora
O minuano seu ginete encilha,
Corta a garupa dos pampas na espora,
Soberbo avança além da coxilha.
Eu quero ouvir o pinheiro que chora
E a gralha azul pousada à forquilha
Soltando o canto da ave canora,
Chocando as ideias de farroupilha!.