A notícia do rompimento entre partidos do centrão, em especial do MDB e do DEM, foi recebida com animação por líderes de partidos de oposição na Câmara, que viu na ruptura a formalização de algo que já vinha se desenhando, mas que trouxe algumas surpresas e apontam novos cenários mais favoráveis.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, para alguns, a vitória maior de Rodrigo Maia (DEM-RJ) é o desembarque de PTB e Pros que se desenha, partidos que pendiam entre o centrão e o presidente da Câmara.
O deputado Enio Verri (PT-PR) disse que a nova configuração ficou interessante para a oposição porque ninguém mais tem maioria absoluta. “Para passar uma PEC você vai precisar de muito diálogo. Ou é uma pauta que tem de fato pressão social ou não passa. Deu uma animada na esquerda”, afirmou.
“É importante que não tenham homogeneidade num campo único para passar PECs ou até medidas econômicas antipovo”, declarou Fernanda Melchionna, do PSOL. “Acho bom internamente para a Câmara. Em primeiro lugar, é importante que o campo bolsonarista sofra derrotas na Câmara, como o caso do Fundeb —então mostra ainda a fragilidade desse campo e a dificuldade de sair do isolamento. E Arthur Lira (PP) está na base do governo cada vez mais visto como um líder informal do governo”, completou.