Quatro turistas suspeitos de falsificar exames de coronavírus para ter acesso à ilha de Fernando de Noronha foram presos preventivamente na noite de quinta-feira (30). Como determinado pelo governo de Pernambuco, todo visitante deve realizar o exame RT-PCR, que indica se a pessoa está com o vírus ativo no organismo, um dia antes ou no dia da viagem.
O grupo suspeito chegou à ilha em um jato particular na quarta-feira (28) e entregou o resultado de exames que teriam sido coletados em 25 de outubro. Os quatro turistas ficaram em quarentena na pousada onde se hospedaram até um novo exame ser realizado. No entanto, quando uma equipe foi ao local fazer a coleta, eles se recusaram e disseram que aguardavam um teste que teria sido feito no dia do embarque.
Na quinta, o grupo apresentou o resultado do suposto exame, contudo, as datas no documento não batiam. A Superintendência de Saúde da ilha decidiu entrar em contato com Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Tocantins, onde os testes foram realizados, mas a equipe informou que a data da coleta havia sido adulterada.
Com a informação, o promotor do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) pediu as prisões preventivas dos dois homens e das duas mulheres. O pedido foi acatado pelo juiz André Carneiro de Albuquerque Santana. De acordo com a Polícia Civil, a Polícia Militar “está apoiando na custódia dos presos”. O grupo será submetido a um novo exame RT-PCR para saber se está contaminado ou não.