A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação na Justiça Federal de São Paulo nesta sexta-feira (08) para que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja adiado. O pedido, em caráter de urgência, foi feito por causa do crescimento no número de casos do novo coronavírus no Brasil. O exame foi marcado para os dias 17 e 24 de janeiro.
“Temos uma prova agendada exatamente no pico da segunda onda de infecções, sem que haja clareza sobre as providências adotadas para evitar-se a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão”, disse o pedido, assinado pelo defensor João Paulo Dorini.
“Não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos de Covid-19. Qual será o impacto de mais um aumento exponencial de contaminações em decorrência do Enem, que não se restringirá apenas a estudantes e funcionários, mas também a seus familiares e pessoas de suas convivências, em um sistema de saúde já colapsado?”, questionou a ação.
As entidades estudantis União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) ingressaram no pedido como “amicus curiae” (amigo da corte). Antes disso, elas já haviam solicitado o adiamento ao Ministério da Educação (MEC), que negou.