Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que 92 cepas do novo coronavírus já foram identificadas em circulação no Brasil desde o início da pandemia. Os dados divulgados na plataforma da fundação foram coletados por meio de exames realizados pela Fiocruz e por outras instituições.
Duas delas, associadas a uma maior transmissibilidade, são as que mais preocupam a Organização Mundial da Saúde (OMS): a surgida em Manaus (P1) e no Reino Unido. Outra variante, a descoberta na África do Sul (B.1.351), ainda não foi integrada ao sistema, apesar de já ter sido identificada em São Paulo.
“Temos no mundo mais de mil variantes do coronavírus, e quase 100 delas já circularam no Brasil. Muitas dessas linhagens do início da pandemia tinham poucas diferenças entre si. O que mais preocupa agora é a dispersão da P1, a variante de Manaus, que já se tornou prevalente na maior parte do país”, afirmou o coordenador da rede Corona-ômica BR, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o virologista Fernando Spilki.
“A circulação das linhagens de preocupação também já resulta na formação de novas mutações. Isso já está acontecendo, principalmente em locais onde as medidas de restrição são mais frouxas”, completou.