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Gilberto Gil crê que Carnaval sem cordas é uma ‘demanda sócio existencial’ da sociedade

6 fevereiro 2016 | 1:11

por Renata Farias / Luiz Fernando Teixeira. Gilberto Gil e Flora. Foto: Instragan

Gilberto Gil marcou presença em mais um Carnaval no Camarote 2222 em 2016. Nesta sexta-feira (05), um dos expoentes do tropicalismo falou sobre a crescente ausência das cordas nos desfiles das grandes atrações da festa soteropolitana: “É uma continuação de uma tendência que já vem há um tempo. É natural. Antes quem era sem corda era o Expresso 2222 do Gilberto Gil, depois Daniela, Brown…”, afirmou o cantor. De acordo com Gil, também influenciou a decisão a ligação empresarial, que precisaria atingir públicos cada vez maiores e acabam forçando a popularização do carnaval. “Isso é uma demanda das próprias pessoas no sentido sócio existencial de todas elas, é uma sociedade que precisa investir cada vez mais nessa coisa do encontro pluri racial, pluri ético, multi cultural, poli político, é uma tendência do mundo que não se aguenta mais com tantas discriminações, que precisa de uma democracia real”, declarou Gil. O artista ainda falou sobre a relação da música com os Jogos Olímpicos, que são tema do 2222 em 2016: “A música é uma forma importante de expressividade artística, e o esporte pode ser comparado às artes, pode ser considerado uma dimensão das artes, então no final das contas acaba sendo natural, é uma associação fácil de fazer”, filosofou.