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Proibido no Brasil, ‘melzinho do amor’ oferece riscos graves à saúde, diz Unicamp

1 outubro 2021 | 0:04

Foto: Divulgação

O chamado “melzinho do amor”, comercializado em festas por todo o país como uma espécie de estimulante sexual, contém fármacos utilizados para o tratamento de disfunção erétil. De acordo com o Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp, administrada de forma combinada, as substâncias podem causar efeitos colaterais graves, com risco de morte.

Vendidos em formato de sachê, o estimulante, proibido desde março no Brasil por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz conter apenas componentes naturais, como café, extrato de caviar, ginseng, maçã, gengibre, canela, mel da Malásia e Tongkat Ali (Eurycoma longifolia). Entretanto, ambos os fármacos usados para o tratamento de disfunção erétil, Sildenafila e Tadalafila, são de origem sintética.

No estudo, o CIATox analisou três amostras do “melzinho do amor” e chegou à conclusão que, devido à utilização da Sildenafila e da Tadalafila, o produto não é indicado especialmente para pessoas com cardiopatias e hipertensão. A utilização sem prescrição desses fármacos pode provocar efeitos indesejados graves, como uma ereção longa e dolorosa com risco de necrose do pênis.

Além disso, em caso de ingestão concomitante com álcool ou outros fármacos, há risco de intensificação de efeitos colaterais, como tontura, hipotensão arterial e dores de cabeça. Em pacientes cardiopatas, a Sildenafila e a Tadalafila podem acarretar hipotensão grave, potencialmente fatal.

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