No dia a dia, muitos homens dificilmente se queixam de problemas de saúde. Em alguns casos, isso não ocorre mesmo quando o vigor físico e o desejo sexual diminuem com o tempo. Com a chegada do Dia Internacional do Homem, celebrado em 19 de novembro, o alerta para os cuidados com a saúde masculina é ainda mais forte.
Um dos pontos discutidos é a reposição hormonal neste grupo, como forma de compensar a deficiência de produção de testosterona por conta do avanço da idade. De acordo com Dr. Gabriel Atta, urologista da Clínica Elsimar Coutinho, com atuação em reprodução humana, terapia hormonal e disfunções sexuais, os homens devem começar a acompanhar a função hormonal desde o início da puberdade.
“É importante realizar o acompanhamento desde cedo. A proposta é não esperar os sintomas chegarem, porque quando isso ocorre, por volta dos 30, 40 anos, os efeitos já se consolidaram”, explicou o especialista.
Segundo Dr. Atta, a quantidade de testosterona no corpo pode variar de indivíduo para indivíduo, mas a estimativa é que o número de partida da testosterona varie entre 600 e 800 nanogramas por decilitro.
De acordo com o urologista, muitos efeitos da testosterona não são causados por ela, mas por seus metabólitos principalmente estradiol e DHT (di-hidrotestosterona), entre outros.
“Quando o testículo não está funcionando bem, por exemplo, é que chegamos para ajudar com os implantes hormonais e com outras táticas desenvolvidas”, aponta o especialista.
De modo geral, os principais sintomas da queda de testosterona são o aumento da morbimortalidade, agravamento de doenças pré-existentes e diminuição da expectativa e da qualidade de vida.
E quanto de testosterona é preciso repor?
É algo que deve ser definido caso a caso, e é só possível determinar acompanhando o paciente. “Eu acompanho pacientes com 4.700 de testosterona, enquanto a estimativa é entre 600 e 800. Ao mesmo tempo, não podemos deixar o paciente com menos de 300, mesmo que esteja assintomático, porque estudos indicam que isso pode aumentar a mortalidade”, explica Dr. Gabriel Atta.
Reposição hormonal para ganho de massa muscular
A testosterona também é o hormônio central na regulação da massa muscular, libido e o bem-estar. De acordo com o especialista, a reposição hormonal pode auxiliar também no ganho de massa muscular e para combater a sarcopenia, síndrome caracterizada pela perda progressiva da massa muscular associada à perda da força muscular e redução do desempenho físico.
“A sarcopenia envolve o aspecto médico e o estético. As pessoas sonham em ser musculosas, ter um corpo musculoso com pouca gordura, mas também é um problema médico associado a muitas condições clínicas, que nos fazem perder peso e massa muscular. Muitos pacientes que nos procuram, querem tratar esse problema, pois querem aumentar os músculos. Claro que há fatores importantes, como a atividade física, mas existem vários tratamentos hormonais que podem aumentar a massa muscular, tratar o problema e conduzir até a hipertrofia muscular”, salienta o urologista.