A Magazine Luiza foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região pagar R$ 5 mil para uma ex-funcionária que acusa a gerente e colegas da loja de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), de praticarem gordofobia.
No processo movido por dano moral, a ex-funcionária diz que na ocasião sua gerente fez comentários sobre seu peso, chamando-a de gorda. Também foi relatado por uma testemunha que houveram situações em que a superior perguntou se a funcionária estava grávida e questionando se ela conseguiria passar por determinados lugares da loja.
Ainda segundo a mulher, além da gerente, os colegas também faziam deboche sobre o seu corpo e agiam com sarcasmo devido ao seu peso na sua frente. Também no processo, o Magazine Luiza alega não ter registro de reclamações de tais comportamentos com sua ex-funcionária. Por isso, pede a anulação.
Mesmo assim, o delator do processo, Lucas Vanucci Lins, condenou em 15 de março de 2022 a empresa a pagar uma indenização de R$ 5 mil. O advogado da ex-estoquista da loja, Ronan Eustáquio Santos, afirmou que nem ele e nem sua cliente se manifestarão sobre o caso até a conclusão do processo. O julgamento está na terceira instância.
A empresa afirmou que “está recorrendo da decisão” e alegou ser referência quando se trata do tema de diversidade e inclusão, além de lutar para que situações como essa não aconteçam.“O Magalu é referência nacional no tema de diversidade e inclusão. Isso porque a companhia, de forma estruturada e constante, promove ações e treinamentos que fomentam um ambiente diverso e inclusivo e atua na prevenção de práticas que não corroborem esse objetivo.
Trabalhamos para conscientizar e educar o quadro de funcionários da companhia em todos os seus níveis. Isso se dá por meio de campanhas perenes de comunicação interna, treinamentos constantes para os mais de 35 000 colaboradores e inúmeras palestras com profissionais que são referência no tema no mercado”, ressaltou.Ainda de acordo com a assessoria da empresa, os treinamentos são formas de “alfabetização”, “crucial não só para combater qualquer forma de discriminação, mas também para formar multiplicadores que atuarão no avanço da promoção dos Direitos Humanos no Brasil.
Associado a isso, investimos também numa série de ações de recrutamento, muitas delas de cunho afirmativo, que tem como propósito fortalecer a representatividade e a influência de grupos menorizados dentro da companhia. Aqui, vale citar as duas edições do programa de trainee exclusivo para negros, e o Luiza Code, de formação de mulheres para o mercado de tecnologia”.