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Para eleitores, Bolsonaro é quem mais mente e ataca mulheres, diz Datafolha

11 setembro 2022 | 17:03

Foto: Marcos Corrêa / PR

Em desvantagem nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é visto como o candidato que mais ataca as mulheres e a democracia e o que mais mente na campanha, segundo o Datafolha. O instituto também perguntou aos entrevistados quem mais ataca os cristãos, e o resultado foi um empate entre ele e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto. 

Segundo o instituto, 40% dos eleitores disseram que Bolsonaro é quem mais mente entre os candidatos à Presidência, ante 31% que apontaram Lula. Citaram “todos” os candidatos 14%. 

O pior resultado para Bolsonaro foi na pergunta sobre quem mais ataca as mulheres, segmento do eleitorado mais refratário à sua candidatura. Ele foi citado por 51% dos entrevistados, enquanto Lula recebeu 12% das respostas. Não souberam responder 24%. Apenas entre as mulheres, 54% disseram que Bolsonaro é quem mais as ataca. 

Nos eventos de Sete de Setembro, Bolsonaro voltou a fazer declarações de teor machista. Também nesses atos, mais uma vez falou em tom de ameaça contra instituições. Segundo o Datafolha, para 45% Bolsonaro é o presidenciável que mais ataca a democracia. Outros 26% consideram Lula quem mais ameaça. 

Questionados sobre o candidato que mais ataca os cristãos, os eleitores se dividiram.Tanto Lula quanto Bolsonaro foram apontados por 29%. Na pergunta sobre quem mais respeita os cristãos, o presidente foi o mais citado, com 40%, ante 27% do petista. Para 48% igreja e liderança religiosa pesam no voto. O Datafolha também questionou os entrevistados sobre os fatores que levam à definição do voto para presidente. 

O item de mais relevância para os eleitores foram “propostas do candidato de um modo geral”, com 81% dando muita importância para elas. Disseram dar muita importância para “a vida política de seu candidato” 71%. Em outro questionamento dessa série, 65% atribuíram alta relevância a debates entre os candidatos –até agora apenas um foi promovido na campanha. 

Outro item destacado foi a questão religiosa. Para 48%, a igreja ou o líder religioso tem muita importância na definição do voto para presidente. Outros 16% atribuem a esse fator “um pouco de importância” e 34% não veem nele “nenhuma importância”. 

O jornalismo se destaca como importante fonte para definição do voto dos eleitores, com 48% dos entrevistados considerando altamente relevante as notícias na TV para a escolha do candidato e 44% as notícias nas redes sociais.  

O Datafolha ouviu nesta rodada 2.676 eleitores na quinta (8) e na sexta-feira (9). A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O trabalho foi encomendado pela Folha e pela TV Globo sob o número BR-07422/2022 na Justiça Eleitoral.