Uma crise no abastecimento de gás de cozinha na Bahia tem gerado grandes prejuízos aos revendedores e a quem consome o produto. Quase metade das empresas que vendem gás fecharam as portas temporariamente e uma parcela da população baiana está impedida de reabastecer o seu estoque.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha (SINREVGÁS), Robério Souza, falou sobre os impactos da escassez do produto, classificando como “incalculáveis”.
“Para o revendedor, os impactos estão sendo enormes e devastadores, pois muitas revendas estão sendo fechadas por falta do gás, amargando prejuízos incalculáveis”, disse.
Ele ainda destacou como está o consumidor, neste período, que já dura, aproximadamente, uma semana. “O consumidor está tendo muita dificuldade para encontrar o produto na sua revenda e marca de preferência”, completou.
O desabastecimento do gás de cozinha no estado começou no dia 10 de novembro, quando as revendedoras registraram a escassez em diversos municípios baianos. Em Salvador, os locais que mais sofrerão impactos com a falta do produto são os bairros de Cajazeiras, a região da Suburbana, Valéria e Itinga.
Em nota, a Acelen, empresa responsável pelo fornecimento de gás de cozinha na Bahia, informou que o produto está sendo importado e a situação deve se normalizar nos próximos dias.
“A empresa vem tomando todas as medidas para normalizar o suprimento ao mercado da Bahia e de Sergipe. Foram e seguem sendo ampliadas as importações do produto, com a contratação de navios de GLP, medida que será reforçada até que a produção na refinaria tenha sua capacidade total inteiramente regularizada”, diz a nota, encaminhada na última sexta-feira (11).
Caso a situação não se normalize, a estimativa é de que 60% das revendedoras de gás de cozinha anunciem falência. “Espero em Deus que não se configure essa situação”, afirmou o dirigente do SinRevGás. Souza tem esperança que a situação da distribuição retorne nos próximos 10 dias, mesmo que lentamente.