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Epidemia de Zika aumenta recebimento e apreensão de medicamentos abortivos no Brasil

27 fevereiro 2016 | 15:59

Foto: Divulgação

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A epidemia de zika e microcefalia provocou um aumento da apreensão de remessas de medicamentos abortivos enviados pelo correio para o Brasil. De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de junho a novembro de 2015 foram confiscados 36 pacotes da pílula Misoprostol, conhecida no Brasil como Cytotec. Já de dezembro a fevereiro desde ano, período em que o vírus ganhou força, foram 57 remessas. Mas, ainda de acordo com a Anvisa, isso não significa que mais comprimidos de Cytotec tenham sido retidos, porque, antes da zika, as remessas tinhas mais pílulas, o que caracterizava que o receptor seria um revendedor. Agora, com menos comprimidos, as remessas seriam para uso pessoal. O aborto no Brasil só é permitido quando a gravidez é fruto de estupro ou há risco de morte para a mãe, mas ,por determinação do STF, a interrupção da gravidez também passou a ser permitida em casos de fetos anencéfalos. O vírus da zika tem sido ligado a casos de microcefalia e outras malformações congênitas em bebês. A agência informa que, apesar de permitidos no Brasil por conta do uso hospitalar, os medicamentos são de uso controlado e, por conta disso, o receptor precisa apresentar uma autorização especial para retirar os comprimidos. O problema é que, como o aborto é proibido no país, a pessoa estaria se incriminando. Com as apreensões e proibição, o Misoprostol é vendido no mercado negro por todo território tupiniquim, mas muitas vezes é falsificado e, de acordo com especialistas, pode provocar problemas graves para a mãe e para o feto. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, abortos ilegais provocam a morte de uma mulher a cada dois dias no Brasil.

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