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Estudo aponta Brasil como referência em aleitamento materno

2 março 2016 | 15:36

Foto: Divulgação

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Estudo publicado hoje (2) na revista inglesa The Lancet, especializada em assuntos da área de saúde, destaca avanços brasileiros em políticas de estímulo à amamentação e cita o País como referência mundial no aleitamento materno. O levantamento analisou dados de 153 nações, sendo que o Brasil aparece em posição de destaque em relação a países como a China, os Estados Unidos e o Reino Unido. O pediatra e coordenador do estudo, César Victora, explicou que, na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas por um período de dois meses e meio, em média. Em 2006, o número subiu para 14 meses.

O levantamento mostra também que, na década de 80, apenas 2% das crianças brasileiras até 6 meses de idade recebiam exclusivamente leite materno. Em 2006, o índice passou para 39%. “O Brasil foi o país que mais chamou a atenção por ter tomado medidas importantes e complementares nas últimas três décadas”, destacou, ao citar que a China, por exemplo, registrou uma redução de 5% no total de crianças com até 6 meses que se alimentam exclusivamente com leite materno. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, avaliou o conjunto de ações de estímulo ao aleitamento materno como uma das políticas exitosas da pasta. “É uma política iniciada na década de 80 e que vem, desde então, sendo aplicada, estimulada e planejada com excelentes resultados”. Entre as estratégias elogiadas por Castro estão a rede brasileira de bancos de leite humano, a regulamentação da chamada Lei da Amamentação, que limita a comercialização de substitutos ao leite materno, e a ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses, permitindo a amamentação exclusiva pelo período recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por Agencia Brasil.