por Paulo Esdras
Os pais e responsáveis de hoje formam a última geração que viu a transição do analógico para o digital e estão vendo também a chegada da popularização das inteligências artificiais neste mundo cada vez mais artificial. As crianças e adolescentes possuem hoje janelas para o mundo na palma da mão e muitos responsáveis estão ainda cegos aos riscos que acompanham esta liberdade de comunicação.
As redes sociais (Instagram, Tik Tok, etc) são parte natural desses jovens que não sabem o que é a vida sem estas plataformas, tomando bastante tempo da infância e adolescência. Os pais e responsáveis devem ficar atentos ao uso de proteção dos aparelhos celulares como senhas, proteções de impressão digital e facial usadas pelos jovens para impedi-los de acessarem o que estão fazendo na internet. Alguns defendem a privacidade irrestrita, mas é um grande erro, pois muitos desvios estão ocorrendo através das redes.
Para iniciarmos um exemplo simples, muito comum hoje em dia, muitos adolescentes e até crianças estão criando perfis privados com nomes esquisitos na frente do nome (dix, dixx) e bloqueando pais, responsáveis, familiares e professores para publicarem “coisas” para um público seleto que não publicariam em seu perfil “oficial” que a família tem acesso. E assim se abre uma janela perigosa para compartilhamento de “nudes” (nudez), acesso ao mundo das drogas, entre outros perigos.
Outra curiosidade despertada por essas janelas ocultas em celulares de adolescentes é o uso do cigarro eletrônico (vape, pod). Está virando “moda” entre jovens fumar cigarro eletrônico e os pais e responsáveis não descobrem porque não deixam aquele odor característico de cigarro (alguns possuem até aromas de chiclete, frutas) e o design dos aparelhos não são conhecidos pelos pais. Alguns parecem com pendrives ou pequenos perfumes de cor metálica, muito coloridos e com cheiro agradável para enganar as crianças, mas possuem nicotina para viciar e outros produtos químicos perigosos.
O primeiro passo para evitarmos esses comportamentos nocivos, oriundos da curiosidade própria da idade, é estarmos sempre de olho nas comunicações de nossos filhos. Como responsáveis podemos e devemos acessar a qualquer momento as redes sociais, as mensagens, o WhatsApp das crianças e adolescentes que estão sob nosso cuidado, pois não saiu de moda a máxima dos antigos que “é melhor prevenir do que remediar”.