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Ministra anuncia R$ 24 milhões e defende equilíbrio na divisão de recursos da Lei Rouanet

3 abril 2024 | 0:31

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, explicou que o financiamento será realizado através de recursos do Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa e Correios. Foto: Divulgação/Agência Senado

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu nesta terça-feira (02) uma distribuição mais equilibrada dos recursos captados por meio da Lei Rouanet. Durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura (CE), ela anunciou a liberação de R$ 24 milhões captados por meio da Lei Rouanet para a Região Norte.

Projetos aprovados pelo Ministério da Cultura naqueles estados seriam financiados por recursos do Banco da Amazônia, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos Correios. A segunda medida destina R$ 5 milhões para projetos desenvolvidos em favelas de Salvador, Belém, São Luís , Fortaleza e Goiânia.

“Identificamos um histórico muito concentrado na região Sudeste, especialmente nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo. Estamos fazendo ações para fortalecer o que já existe, mas também uma ação justa que atenda a um apelo da sociedade: que o fomento chegue a todos os lugares”, disse a ministra da Cultura.

Balanço – Segundo Margareth Menezes, a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei 8.313, de 1991), nome oficial da Lei Rouanet, gerou um impacto de R$ 49 bilhões na economia brasileira entre 1993 e 2018. No ano passado, foram liberados R$ 2,3 bilhões para 3 mil ações culturais.

A ministra da Cultura destacou a importância de iniciativas como a Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar 195, de 2022) e a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (Lei 14.399, de 2022). A primeira prevê o repasse de R$ 3,8 bilhões para profissionais do setor, enquanto a segunda destina R$ 3 bilhões ao ano para financiar projetos culturais.

“Apenas 0,57% do Orçamento da União é investido na cultura. É como se, de cada R$ 100, apenas R$ 0,57 fossem dirigidos o setor. Mas o retorno que a cultura dá equivale a 3,11% do Produto Interno Bruto. O setor cultural é formado por uma gama vastíssima de profissionais, que compõem uma cadeia produtiva imensa, exitosa e que traz muitas divisas para nosso país”, disse a ministra.