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‘Temos 2 anos para salvar o mundo’, diz secretário do Clima da ONU

11 abril 2024 | 0:04

De acordo com Simon Stiell, a próxima geração de planos climáticos nacionais deve ser um plano de investimento para economias sustentáveis e fortes. Foto: Agência Brasil

Em um discurso no Royal Institute of International Affairs, mais conhecido como Chatham House, o secretário executivo da ONU para mudanças climáticas, Simon Stiell, alertou nesta quarta-feira (10), em Londres, que os próximos dois anos serão “essenciais” para salvar o planeta.

Em seu discurso, intitulado “Dois anos para salvar o mundo”, ele também disse acreditar que “cada cidadão em cada país tem a oportunidade de fazer parte dessa transição e cada voz fará a diferença”. Stiell enfatizou que a redução da poluição causada pelos combustíveis fósseis resultará em “melhor saúde e enormes economias para os governos e para as famílias”.

Stiell observou, entre outros fatores, que embora entenda que as contribuições nacionais para o clima – os chamados NDCs – “dificilmente reduzirão as emissões até 2030, ainda há uma chance de fazer com que os gases de efeito estufa diminuam, com uma nova geração de planos”. “Mas precisamos desses planos mais fortes agora”, acrescentou.

O Brasil, que sediará a COP30, tem um papel vital a desempenhar para dar início às medidas ambiciosas que são necessárias, disse ele. Embora tenha observado que cada país deve apresentar um novo plano, “a realidade é que as emissões dos países do G20 representam cerca de 80% das emissões globais”. Ele disse que a liderança do G20 “deve estar no centro da solução, como esteve durante a grande crise financeira”.

“Sinto-me encorajado pelo fato de o G20, sob a liderança brasileira, estar explorando maneiras de encontrar novos financiamentos para o clima e o desenvolvimento. O próprio Brasil também está testando novas maneiras de reduzir os custos excessivos de empréstimos para energia limpa, o que poderia funcionar para outros países em desenvolvimento”, comentou. De acordo com o secretário executivo da ONU, a próxima geração de planos climáticos nacionais deve ser um plano de investimento para economias sustentáveis e fortes.

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