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Professores da Uneb aprovam estado de greve

17 setembro 2024 | 0:35

Governo se comprometeu em apresentar nova proposta de recomposição salarial nesta quinta-feira (19). Foto: Murilo Bereta/assessoria Aduneb

A assembleia dos docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) realizada nesta segunda-feira (16) aprovou o estado de greve da categoria. Esse é o último estágio antes da deflagração da greve por tempo indeterminado, que pode ser anunciada na próxima segunda-feira (23), caso não haja acordo até o fim desta semana.

Embora a possível deflagração da greve estivesse na pauta da assembleia, de maneira responsável e reforçando o interesse em negociar, a categoria docente adotou a estratégia de aguardar a nova proposta do governo, que será apresentada na mesa de negociação, nesta quinta-feira (19).

Os representantes do governo tinham se comprometido em apresentar uma nova proposta apenas na segunda-feira (23). A partir da pressão da categoria docente e da possibilidade de greve, a mesa de negociação foi reagendada para esta quinta-feira.

A última proposta do governo, também rechaçada pela categoria docente, propunha um ganho real, ou seja, com valor acima da inflação, que em dezembro de 2026 atingiria o índice de apenas 3,5%, pago em três parcelas de 1,15%. Segundo o Dieese, desde 2015, as perdas acumuladas em decorrência da inflação chegam a 35% dos salários.

O coordenador geral da Associação dos Docentes da Uneb, Aduneb, Clóvis Piáu alerta que, além da questão salarial, existem outros pontos na pauta de reivindicações que os representantes de Jerônimo Rodrigues não dialogam, a exemplo da garantia de direitos trabalhistas como promoção, progressão e adicional de insalubridade; além da ampliação e desvinculação do quadro de vagas docentes. Outros professores, durante a assembleia, também fizeram falas de indignação pela falta de diálogo do governo com os demais itens da pauta.

Negociação – Segundo a Aduneb, as representações sindicais tentaram abrir essas negociações desde o começo do governo de Jerônimo Rodrigues, em janeiro do ano passado. Mas, só começaram efetivamente a partir das assembleias aprovarem, no início de junho deste ano, o indicativo de greve. Desde o início de 2023, 14 reuniões aconteceram e outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo.

O professor João Borges, coordenador de comunicação da Aduneb, afirma que a disposição do movimento é seguir as negociações e caminhar para a solução dos impasses. “Em todas as reuniões demonstramos responsabilidade e vontade em negociar. Porém, a categoria demonstra que chegou no limite. Se a proposta que será apresentada nesta quinta-feira não demonstrar uma nova postura do governo, a greve por tempo indeterminado poderá ser a respostas das professoras e dos professores da Uneb”, finalizou Borges.

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