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Mirabela ameaça fechar e demitir mil trabalhadores

14 março 2016 | 7:22

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A data para demissão de mil funcionários pela mineradora multinacional Mirabela, que explora a jazida de níquel no município de Itagibá, no interior da Bahia, está prevista para o próximo dia 20 de março e vem causando grande apreensão na região diante do forte impacto social que a medida vai provocar. Autoridades e sindicalistas correm contra o tempo em busca de soluções e o próximo passo, ainda ao longo desta semana, será a solicitação com o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, em busca de soluções para a questão. A audiência pública para tratar do assunto foi realizada na Câmara de Vereadores de Ipiaú há oito dias, com autoridades políticas e lideranças sindicais. A empresa já começou a demitir e anunciou que dispensará a totalidade do efetivo devido a dificuldade financeira, provocada pela baixa no mercado de níquel e a não liberação dos recursos retidos de créditos do ICMS pelo Governo do Estado.
A audiência resultou na criação de uma comissão de trabalho com deputados, governo do estado, prefeituras e câmaras locais e sindicatos, para que encontrem um acordo, com as digitais de todos envolvidos, de forma que os recursos sejam liberados, as atividades sejam retomadas e os empregos sejam mantidos. Segundo o Bebeto Galvão, deputado federal e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial, que participou da audiência pública, o fechamento da mineradora vai agravar a crise econômica e social da região, e além de Itagibá vai atingir Ipiaú, Ibiratia, Ubatã, Jitaúna, Jequié, Ubaitaba.

Segundo informações passadas pela empresa à comissão, o governo do estado estaria retendo cerca de R$ 45 milhões em créditos tributários, mas a Sefaz só reconhece R$ 19 milhões e o governo estaria garantindo o repasse imediato de R$ 6 milhões. Foram tentados contato por vários com a direção da empresa, mas não houve resposta. De acordo com a assessoria de comunicação da secretaria, “o Estado está empenhado, vem negociando e buscando soluções, especialmente no que diz respeito à possível liberação de créditos tributários que já estejam validados”.

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