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Fraude no INSS atingiu idosos e pessoas vulneráveis em zonas rurais, aponta CGU

1 maio 2025 | 17:28

Relatório revela que beneficiários com deficiência, analfabetos e indígenas foram incluídos indevidamente em associações e sindicatos sem autorização, Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que pessoas em situação de extrema vulnerabilidade foram vítimas de uma fraude bilionária envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com trechos do relatório que fundamenta o inquérito, foram lesados moradores de áreas rurais com dificuldade de acesso a postos da Previdência Social, pessoas com deficiência, doentes sem condições de locomoção, indígenas e analfabetos.

A constatação baseia-se em entrevistas realizadas por auditores da CGU durante uma força-tarefa em diversas regiões do interior do Brasil, com o objetivo de identificar os casos de fraude. Segundo o documento, muitos dos entrevistados declararam que os titulares dos benefícios não poderiam ter assinado termos de autorização ou fichas de filiação, seja por limitações físicas ou intelectuais.

“Há casos de pessoas com doenças graves que impedem a locomoção, indígenas que vivem em aldeias e não sabem ler ou escrever, além de beneficiários residentes no exterior que sequer tiveram contato com associações enquanto estiveram no Brasil”, descreve o relatório.

Entre as 21 entidades analisadas, 100% dos entrevistados afirmaram não ter autorizado o desconto de mensalidades associativas. Em sete dessas entidades, o índice de pessoas que negaram a autorização variou entre 71% e 99%.

Outro dado que chama atenção é a distância entre os aposentados ou pensionistas e os sindicatos ou associações aos quais estão vinculados: em alguns casos, as sedes das entidades ficam entre 34 km e 957 km de distância do domicílio dos beneficiários.

“Essa situação levanta a suspeita de que tais vínculos sejam fictícios, já que é pouco plausível que idosos com mais de 60 anos se deslocassem a outra Unidade da Federação apenas para se filiar a uma entidade distante, especialmente diante da dificuldade de receber qualquer assistência dessas instituições”, conclui a CGU.

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