O Tesouro Nacional deve receber de volta quase R$ 3 bilhões em recursos que foram desviados ou aplicados de forma não justificada, seja por pessoas físicas, entes governamentais ou entidades sem fins lucrativos. Os valores devem ser devolvidos graças às Tomadas de Contas Especiais (TCEs), instrumento que é instaurado pelos próprios gestores de ministérios depois de esgotadas todas as medidas administrativas possíveis para regularização do dano. Em seguida, elas são encaminhadas à Controladoria-Geral da União (CGU), que se manifesta sobre as normas eventualmente infringidas e identifica os responsáveis e a quantia precisa do prejuízo causado. Em 2015, a CGU analisou 2.438 TCEs. Quando comparado com 2014, o número de processos avaliados é só 5,5% maior; mas no montante que pode ser ressarcido é mais que o dobro (de R$ 1,38 bi para R$ 2,79 bi). O valor é recorde no comparativo dos últimos cinco anos.