O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou nesta terça-feira (04) que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha até o fim do período seco, que vai até novembro. “Muito provavelmente no período seco não haverá uma reversão da situação. Se hoje, no final do período úmido, já se justifica despachar térmicas acima do patamar que aciona a bandeira vermelha, não é provável que essa situação se reverta até o início do próximo período úmido”, declarou Rufino. O diretor explicou que o período úmido está se encerrando nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e Nordeste, por isso, mesmo que haja um regime de chuvas melhor do que nos outros anos durante o período seco, o volume de água nos reservatórios ainda estará baixo. “Não é nesse período que vai recuperar o enchimento de reservatórios”, afirmou. O sistema de bandeiras tarifárias está em vigor desde 2015 e estabelece taxas adicionais nas contas de luz a depender da condição dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Quando o armazenamento está baixo, é necessário ligar mais usinas termelétricas e o custo da produção de energia fica mais caro. Na bandeira tarifária amarela, a adição às contas é de R$ 2 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos; na vermelha, R$ 3 (patamar 1) e R$ 3,50 (patamar 2). Na bandeira verde, não há cobrança adicional.