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Artigo: A reinvenção do comércio varejista

2 março 2016 | 6:40

Por Carlos Prates. Foto: Divulgação

Por Carlos Prates. Foto: Divulgação

Nos últimos 20 anos o comércio varejista vem passando por grandes transformações, principalmente em função da internet. O e-comerce vem se expandindo no Brasil e no mundo, fazendo com que a concorrência seja ainda mais acirrada. Para complicar ainda mais, estamos iniciando o ano de 2016, com forte crise econômica e política, sendo que 2015 foi um ano praticamente perdido, do ponto de vista econômico, com inflação de quase 11% e o PIB – Produto Interno Bruto em queda de mais de 3%. Num cenário tão ruim como o atual, precisamos usar a nossa criatividade, motivação e trabalho em equipe para efetuarmos profundas mudanças, na forma de comprar, atender, vender e economizar, aqui entendido como fazer mais com os mesmos recursos ou reduzi-los, combatendo os desperdícios. Assim, cada vez mais as habilidades de liderança e de empreendedorismo serão essenciais. Creio que o foco nessas áreas é fundamental:

1) Excelência no atendimento. Cada vez mais a sua empresa deverá direcionar as ações com esta finalidade. Parece algo óbvio, porém, são poucas as empresas que realmente se preocupam em prestar um serviço diferenciado e personalizado. Com o dinheiro escasso e o aumento da concorrência, segure com “unhas e dentes” os seus consumidores, principalmente os que são mais rentáveis, pagam em dia e gostam da sua empresa;

2) Vender, vender e receber. Este é o principal objetivo da sua empresa. Tudo começa com a venda. Vender não é apenas ter sucesso na primeira ação. É fundamental continuar vendendo para os seus clientes, familiares e amigos. Há mais de 29 anos eu atuo no varejo e o que tenho presenciado são “tiradores de pedidos” e cada vez menos os profissionais de vendas. Não é a quantidade de pessoas no salão de vendas que fará a sua empresa vender mais. É a qualidade desses vendedores que fará a diferença. É claro que, além disso, a sua empresa necessitará dispor de produtos e serviços que sejam necessários aos seus clientes, bem como as condições de pagamento e preços competitivos, entre outros pré-requisitos. Além disso, é fundamental receber os créditos, pois a inadimplência está cada vez maior. Dê preferência ao recebimento em dinheiro, cartão de débito e crédito. Fuja da famosa “notinha do fiado”, hábito muito comum em lojas do comércio varejista em centenas de cidades do Brasil. Na maioria das vezes, o fiado provoca a perda do dinheiro e também do cliente;

3) Comprar de forma mais eficaz. Em momentos de crise como o atual, é fundamental saber comprar os produtos que realmente terão mais chances de serem vendidos. Analise de forma criteriosa o seu mix e se o mesmo está em sintonia com as necessidades e desejos dos clientes. Busque fornecedores que tenham preços e condições mais competitivos; faça parcerias criativas e que realmente agreguem valor a sua loja;

4) Combata o desperdício. Nós, brasileiros, temos a péssima mania de desperdiçar, principalmente quando o dinheiro não sai do nosso bolso. Analise em conjunto com os funcionários da sua empresa todos os custos que forem possíveis, principalmente os fixos – os que ocorrem todo mês – a exemplo de energia, água, material de expediente (papel, tinta de impressora, caneta, etc.) internet, segurança, entre outros. Faça uma planilha e divulgue mensalmente, para que todos os funcionários possam acompanhar e também se mobilizar para reduzir as despesas. Idem, para os custos variáveis, que são os que podem ocorrer periodicamente.

Há um ditado japonês que afirma: “ todos juntos somos mais inteligentes do que qualquer um de nós”. Assim, por maiores que sejam os seus conhecimentos e as suas habilidades de liderança, você necessitará do envolvimento de todos os profissionais, notadamente os que atuam direta e indiretamente com atendimento e vendas. O mundo empresarial está cheio de ideias criativas e eficazes, que ficaram pelo caminho porque não foram implementadas. Ação, ação e ação!

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