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Bolsonaro ataca Alexandre de Moraes e diz que ministro entrou no STF por ‘amizade’

30 abril 2020 | 8:39

Presidente declarou não ter ‘engolido’ decisão que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem para chefia da PF. Foto: Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou na manhã desta quinta-feira (30) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. Ramagem é delegado e amigo de Bolsonaro.

Segundo o portal UOL, ao deixar o Palácio da Alvorada para viajar a Porto Alegre, Bolsonaro disse que Moraes chegou ao topo da estrutura do Judiciário por “amizade” com o ex-presidente Michel Temer (MDB).

A relação entre o presidente da República e Ramagem é o principal argumento no veto à nomeação, pois, segundo entendimento parcial, estaria em desacordo com o princípio da impessoalidade, fundamental ao serviço público.

Para o presidente, no entanto, “não justifica a questão da impessoalidade”. “Como é que o senhor Alexandre de Moraes foi para o Supremo? Amizade com o senhor Michel Temer. Ou não foi?”, questionou.

Bolsonaro disse que, mesmo “chateado”, cumpriu a determinação judicial. De acordo com o mandatário, ele “não engoliu” a decisão e cobrou de Moraes uma resposta rápida a fim de que o governo possa definir um eventual substituto final para o cargo de diretor-geral da PF.

Como a determinação do Supremo é liminar, isto é, ainda não tem efeito definitivo, o assunto será analisado e julgado pela Corte no decorrer da ação que questiona a escolha de Ramagem. Representante do Executivo, a AGU (Advocacia-Geral da União) vai recorrer da decisão por ordem de Bolsonaro.

“A AGU [Advocacia-Geral da União] vai recorrer. Espero que [a decisão final] seja tão rápida quanto a liminar. No mínimo, espero do senhor Alexandre de Moraes rapidez para a gente tomar providências”, declarou Bolsonaro.

Amizade de Moraes com Temer
A relação entre Bolsonaro e Ramagem é o principal argumento no veto à nomeação, pois, segundo entendimento parcial, estaria em desacordo com o princípio da impessoalidade, fundamental ao serviço público.

Para o presidente, no entanto, “não justifica a questão da impessoalidade”. “Como é que o senhor Alexandre de Moraes foi para o Supremo? Amizade com o senhor Michel Temer. Ou não foi?”, questionou ele ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã de hoje para viajar a Porto Alegre, onde cumprirá agenda oficial ao longo do dia.

Além de ter atuado como segurança de Bolsonaro após a eleição de 2018, Ramagem é próximo à família e foi fotografado ao lado de Carlos Bolsonaro, filho do presidente e vereador pelo Republicanos no Rio de Janeiro, no Réveillon deste ano.

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