O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto (PL) lançaram candidatura à Presidência da República na manhã deste domingo (24), em uma chapa ‘puro sangue’. O evento reuniu aproximadamente 10.000 pessoas no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
A cerimônia começou com uma oração do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP). Depois, Michelle Bolsonaro passou a discursar. Após uma breve fala de Bolsonaro, citando uma passagem bíblica, a esposa do presidente falou que ‘a reeleição não é por um projeto de poder, como muitos pensam, não é por status, porque é muito difícil estar desse lado. A reeleição é por um projeto de libertação’, disse.
Atrás do palco, imagem da bandeira do Brasil e foto do presidente apoiadores e o slogan “Pelo bem do Brasil”. A frase é da coligação da chapa de Bolsonaro, e tem como mote a tese de “luta do bem contra o mal”, que o mandatário tenta imprimir à eleição deste ano na disputa contra o petista.
O presidente escolheu o Rio de Janeiro, reduto onde construiu sua carreira política, para lançar candidatura ao Palácio do Planalto. Desta vez, porém, com mais pompa e circunstância. O Centro de Convenções Sul-América, na região central da cidade, deu lugar ao famoso Maracanãzinho, palco de competições esportivas e grandes espetáculos.
Ganharam espaço no palco principal o chefe do Executivo, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o indicado a vice na chapa, os 4 filhos de Bolsonaro e a dupla sertaneja Mateus e Cristiano cantando o jingle “Capitão do Povo”, feito em homenagem a Bolsonaro.
Entre os aliados que subiram ao palco estavam o presidente da Câmara, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), candidato de Bolsonaro no estado; o ministro Marcelo Queiroga, da Saúde; Ciro Nogueira, da Casa Civil; Fábio Faria, das Comunicações; Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública; e Victor Godoy, da Educação.
Também estiveram por lá o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que disputará o governo de São Paulo; o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef; e os deputados federais Hélio Lopes, Bia Kicis e Carla Zambelli.
Aos 66 anos, Bolsonaro sabe que precisará recuperar votos perdidos durante mais de três anos conturbados, com ameaças à democracia, crise econômica e mais de 677 mil mortos pela covid-19. E, para isso, vai apelar mais uma vez ao antipetismo e contar com o apoio do Centrão.