Durante participação em um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta quarta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu ter feito interferências e afastado funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após a instituição embargar obra de uma loja da Havan.
“Há pouco tempo tomei conhecimento que uma obra de uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, que estava fazendo mais uma loja e apareceu um pedaço de azulejo durante as escavações, chegou o Iphan e interditou a obra”, relatou Bolsonaro a uma plateia de empresários.
“Aí liguei para o ministro da pasta: ‘quem trem é esse?’. Porque eu não sou tão inteligente como meus ministros. ‘O que é Iphan, com ‘ph’?’. Explicaram pra mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá! (risos). O Iphan não dá mais dor de cabeça pra gente”, declarou o presidente, arrancando aplausos dos presentes.
O caso em questão ocorreu em 2019, quando uma obra da Havan foi paralisada no Rio Grande do Sul, por causa de um achado arqueológico. No ano passado, entrevista à revista Veja, Hang, que é um dos maiores aliados de Bolsonaro, negou que tenha pedido a intervenção do presidente.