O presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) quebrou o silêncio e se manifestou publicamente, pela primeira vez, sobre o ministro Sérgio Moro, envolvido em polêmica após o vazamento de conversas suas com o procurador Deltan Dallagnol, um dos líderes da Operação Lava-Jato,
Sem adentrar completamente no assunto, o capitão não economizou nos elogios ao ministro e enalteceu a sua postura no combate à “corrupção”. “O que ele fez não tem preço”, ponderou.
“Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção”, declarou ele nesta nesta quinta-feira (13), em evento de lançamento de uma linha de crédito do BNDES para organizações filantrópicas.
Aproveitando o contexto do evento, o presidente afirmou que o próprio BNDES teria entregue a “companheiros comunistas” e “amigos do rei” “400 e poucos bilhões de reais”, e que a Petrobras “quase quebrou” na época:
“A Petrobras quase quebrou, fundos de pensão, muitos quebraram. O próprio BNDES, falei agora há pouco aqui, nessa época 400 e poucos bilhões de reais entregues para companheiros comunistas e para amigos do rei aqui dentro. Ele faz parte da história do Brasil”.
Bolsonaro defendeu que nenhuma prova foi forjada e, mesmo com a suposta contribuição de Moro com a PGR, nada tira a validade da prisão do ex-presidente Lula. Segundo informações do UOL, o atual presidente questionou se “normal” seria uma “conversa com doleiro”, “bandidos” ou “corruptos”.
“Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos. Isso é normal? Nós estamos unidos do lado de cá para derrotar isso daí. Ninguém forjou provas nessa questão lá da condenação do Lula”, afirmou.