O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) prometeu reavaliar o tom usado nos discursos em sua campanha durante sabatina do Jornal nacional, da TV Globo, nesta terça-feira (23). Ele confessou ter os “ânimos aflorados” e atribuiu características, a, entre outras coisas, “o sangue nordestino”.
“Eu devo sempre reavaliar. Faço esse esforço de humildade permanentemente. Minha tarefa é reconciliar o Brasil. O Brasil tem hoje pessoas que estão passando fome numa conta de metade da população e eu tenho um programa […] Eu venho de uma tradição do Nordeste e a nossa cultura política é palavrosa, digamos assim. E às vezes as pessoas no Sul e no Sudeste, as pessoas não entendem bem e não me custa nada rever certos temas, especialmente na proporção em que meu sonho é reconciliar o Brasil”, argumentou.
O candidato citou ainda como pretende garantir renda mínima de R$ 1.000 para a população mais pobre do Brasil, uma das promessas para seu governo. Ele ainda disse que pretende mudar o modelo de governança política, pedindo às pessoas para pensar o Brasil com ele.
“O que eu estou propondo é uma perna de um novo modelo previdenciário. Vou pegar o BPC, a aposentadoria rural, o seguro-desemprego e todos os programas de transferência – especialmente o novo Bolsa Família, que é o Auxílio Brasil – e transformar num direito previdenciário constitucional. Ou seja: ninguém mais vai depender de político A, político B, eleição A, eleição B, ameaças e tentativas de manipular o sofrimento mais humilhado do nosso povo, das mães de família que estão vendo seus filhos dormir com fome hoje. Isso me dói o tempo todo. Essa consolidação dá R$ 297 bilhões”.