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Cirurgia para retirar amídalas é a mais comum em crianças

20 setembro 2015 | 13:09

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Quem tem criança  pequena em casa sabe que dores na garganta é recorrente  nesta fase. Provenientes de inflamações em tecidos  importantes para o sistema imunológico como amídalas e adenoide, muitas vezes, o procedimento cirúrgico é a única solução para melhorar a qualidade de vida da criança. Por isso, a adenoamigdalectomia é a cirurgia de garganta mais realizada na faixa etária pediátrica. O procedimento é comum em crianças que tem dificuldades respiratórias, e desenvolvem distúrbios do sono, como ronco e apneia do sono, que afetam as amídalas e adenoide. De acordo com o otorrinolaringologista Pablo Marambaia, crianças que sofrem com repetição de infecção bacteriana, ou seja, tiveram problemas de garganta quatro vezes ou mais no mesmo ano, também possuem chances de realizar a cirurgia. Além daquelas que carregam, geneticamente, problemas de baixa imunidade.

Procedimento.

Apesar do receio por parte dos pais ao querer submeter  seus filhos a uma cirurgia, Marambaia afirma que o procedimento é seguro. “Existe o mito que essa cirurgia não é muito realizada. O que é um grande equívoco. Este é o maior procedimento  realizado no mundo inteiro com anestesia geral em crianças. Além disso, não existe idade mínima para se fazer uma cirurgia”, garante Marambaia. Ainda segundo o médico,  a cirurgia só é feita após o tratamento clínico ter falhado. Para identificar a necessidade da intervenção cirúrgica o paciente passa por um exame clínico no caso das amídalas, e por um raio x cazun ou endoscopia nasal no caso do problema ser na glândula  adenoide.

A cirurgia gira entorno de 1h e a criança toma anestesia geral.  Segundo Marambaia, todo o processo é feito através da abertura da boca, sem necessidade de  deslocar a mandíbula ou de corte externo. O repouso dura de 7 a 10 dias. Nos dois primeiros dias, a dieta é líquida e gelada. No terceiro e quarto dia, a criança já pode ingerir alimentos pastosos, como purê, ou carne moída. Nos dias posteriores, a dieta se aproxima do normal e em 15 dias  a criança volta a sua vida normal.

“Os benefícios da cirurgia são inúmeros. A começar pela qualidade de vida da criança. Ela  passa a respirar normalmente e, consequentemente, dorme melhor. Além disso, também ganha peso”, afirma.

Mutirão. Em outubro, a Associação de Fomento da Otorrinolaringologia da Bahia promoverá um mutirão para a cirurgia de adenoamigdalectomias em crianças de  4 a 8 anos, que tenham indicação cirúrgica e não possuam acesso a plano de saúde. Para marcar a cirurgia, inicialmente, os pacientes passam por uma triagem que está já sendo feita no Ambulatório Docente-Assistencial Isaac Marambaia, localizado no bairro do Candeal, as segundas-feiras à tarde e quartas-feiras pela manhã, até o final de setembro.

A expectativa é que 30 procedimentos cirúrgicos sejam realizados. Mas, segundo o médico Pablo  Marambaia, se o número for excedido as cirurgias serão realizadas posteriormente.

O Ambulatório Docente Assistencial Deputado Isaac Marambaia, mantido pela Federação Ornitológica do Brasil e pelo  Instituto de Otorrinolaringologia Otorrinos Associado, foi inaugurado em fevereiro de 2014. Desde então, oferece atendimento gratuito em otorrinolaringologia à população da capital e diversas cidades do interior baiano.

Até julho deste ano, o centro alcançou significativos números. Foram 4.674 pacientes atendidos, 980 vídeo endoscopias do nariz e seios para-nasais e laringe realizadas, 1.132 procedimentos de diversos naturezas, além de 132 pacientes submetidos à cirurgia sob anestesia geral.

A marcação de consultas devem ser feitas exclusivamente através do número 3036-4884