A Comissão Processante do Impeachment no Senado aprovou requerimentos para que fossem dispensadas duas das quatro testemunhas que seriam ouvidas nesta segunda-feira (13). Segundo a Folha de São Paulo, os pedidos para anular os depoimentos foram apresentados por senadores da base aliada do presidente interino, Michel Temer e a decisão gerou reação adversa dos parlamentares que defendem a presidente afastada, Dilma Rousseff. De acordo com a publicação, os senadores aliados alegaram que não seria necessário ouvir aqueles que poderiam demonstrar argumentos já foram expostos na comissão. “Já temos o nosso juízo de valor formado, por isso entendemos que não é necessário ouvir algumas testemunhas”, afirmou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). Na reunião desta segunda, serão ouvidas apenas duas testemunhas: Leonardo Albernaz, secretário de macroavaliação governamental do Tribunal de Contas da União e Tiago Alvez Dutra, secretário de Controle Externo do TCU. Foram dispensados Marcus Pereira Aucélio, ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, e Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento e Finanças, que já aguardavam em uma sala especial da comissão, para prestarem depoimento. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, protestou contra a dispensa das duas testemunhas, e o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), concedeu prazo de 24 horas para que ele reformule sua lista de testemunhas arroladas para incluir esses dois nomes, retirando outros, se desejar.